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Mestre-sala ou Mestre de sala foi um dos chamados Grandes Cargos assim como um dos chamados "Oficiais da cana" da Casa real, e designa assim uma das principais funções aristocráticas que existiram no Reino de Portugal e nos restantes reinos europeus, vinculada à supervisão das cerimónias dos governos em monarquia.
Era ele que dirigia o cerimonial das recepções e dos banquetes do Paço Real assim como noutros actos solenes.
Embora fosse o "chefe de todos os serviços", não recebia qualquer vencimento monetário e estava sob as ordens do Mordomo-mor. Na verdade o que existia era uma estreita colaboração entre eles, pois ambas as funções se completavam. De facto, nomeadamente, quando existiam os ditos jantares de gala, era necessário que aquela repartição de mordomia enviasse ao Mestre-sala a lista das pessoas convidadas, para que fossem elaboradas as plantas de mesa dos jantares, onde eram dispostos os convivas segundo as suas precedências.
Na sessão da abertura das cortes, além de fazer parte do cortejo que conduzia o soberano, juntamente com o Porteiro-mor e o Vedor da Casa Real, à sala onde se ia realizar o Acto Solene, competia-lhe igualmente ordenar a procissão do cortejo e indicar a cada pessoa o lugar que lhe compete nela. De igual forma, tinha a mesma incumbência nas festividades religiosas onde o rei participava públicamente.
A par do Capitão da Guarda Real, era igualmente o responsável pela recepção dos embaixadores. Estes estrangeiros eram esperados pelos dois oficiais à entrada do Paço e conduzidos até à sala de espera onde estaria o Ministro dos Negócios Estrangeiros, que os levaria à presença do soberano e de toda a Corte, na Sala do Trono, acompanhando-os, no fim da cerimónia, até aos seus coches.
Era então um cargo que exigia muita delicadeza pois lidava com questões bastante sensíveis, em particular a etiqueta, o protocolo e precedências, que por vezes suscitavam bastantes controvérsias e querelas, nomeadamente entre os diversos membros da aristocracia.
Corresponderia hoje ao lugar protocolar de Chefe do Protocolo, um mestre-de-cerimónias, quando o Estado é republicano, ao serviço da Casa da Presidência da República mais o do Corpo diplomático do país correspondente.